29 abril 2013

Capítulo 4 - Acidente

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POV SeuNome

Entramos no Hospital e avistei alguns policiais que vieram na nossa direção, mas como eles sabiam que eu era a SeuNome?
Um homem moreno, alto se aproximou de mim e me perguntou se eu era a SeuNome, eu afirmei e ele me falou que era o policial Jorge que tinha falado comigo.

Eu- Policial, por favor, me conte o que aconteceu? –ele não respondeu e me mandou segui-lo.

Entramos em uma sala do hospital, nela haviam duas macas que eu avistei quando o Jorge abriu a porta, cheguei mais perto e notei que eram meus pais, primeiro vi minha mãe toda machucada, algumas lágrimas já caiam do meu rosto, pensei comigo mesmo se ela morreria, ela estava cheia de curativos e vestia uma camisola verde de hospital, ela parecia desacordada, corri e a abracei forte, ela estava gelada mesmo com cobertores, eu já chorava muito, percebi que o Harry também estava com lágrimas nos olhos e ficou alisando minhas costas enquanto eu abraçava minha mãe. Ela permaneceu imóvel mesmo quando eu a abracei mais forte, encostei minha cabeça em seu coração e escutava batimentos lentos, comecei a chorar mais ainda, o Harry me puxou delicadamente e me abraçou, eu chorava baixo, mas chorava muito mesmo, com muita dor no coração. Ao lado da maca de minha mãe estava uma maca com meu pai em cima, ele possuía machucados piores que os da minha mãe e assim como ela estava ligado a vários aparelhos, eu então  o abracei muito forte, com medo de perdê-lo, ele estava também desacordado e gelado mesmo com cobertores por cima dele, escutei também seu coração e assim como o de minha mãe batia lentamente.

Jorge- S/N vamos conversar lá fora? Assim posso te explicar tudo.
Eu- Ok Policial. –falei com voz de choro, acho que meus olhos já estavam vermelhos assim como os do Harry.
Harry- Vem S/N. –ele me puxou e me abraçou pela cintura com só um braço.

Saímos da sala e fomos até a lanchonete do Hospital para conversarmos.
No caminho até a lanchonete o Harry puxou assunto comigo.

Harry- Anjo, calma que vai ficar tudo bem! –ele falou sussurrando no meu ouvido com voz de choro.
Eu- Ok amor, tomara. –respondi com voz de choro em seu ouvido.

Ele escutou, se virou e me beijou. Como eu precisava daquele beijo, como se quando você está em situações difíceis você beija a pessoa que você mais ama e recebe carinho dela e tudo fica bem. Tenho certeza que eu e o Harry fomos feitos um para a outro, posso dizer que somos almas gêmeas. Ainda estávamos nos beijando e foi quando paramos e o Harry me deu um beijo na testa e me falou baixinho “Confia em Deus que vai dar tudo certo! E não se esqueça, eu sempre vou estar aqui com você.” Eu sorri, nos beijamos mais uma vez, o policial notou e nos chamou a atenção nos mandando parar de se beijar e andar logo.
Enfim chegamos na lanchonete. Ela estava fechada pois era de madrugada no hospital mas sentamos nas cadeiras. Nessa hora eu já não chorava e o Harry também não.

Jorge- Seu Nome então depois de muitos dias, aleluia conseguimos te encontrar.
Eu- Como assim depois de muitos dias? Policial, faz quantos dias que meus pais estão aqui? Policial o que aconteceu para eles estarem aqui? –eu fiquei um pouco nervosa.
Jorge- Calma S/N eu vou te responder todas essas perguntas, mas primeiro preciso te contar como tudo aconteceu.
Eu- Por favor, conte. –escorreram algumas lágrimas pelo meu rosto.
Jorge- Então, seus pais estavam passeando de carro pelas ruas de Veneza, não haviam ingerido nenhuma bebida alcoólica, ou seja eram apenas um casal conhecendo a cidade. Só que ás 7h37m da manha de sábado do dia 14 de março eles sofreram um acidente, eles se chocaram com um caminhão que estava na contramão. Como podem ter visto os ferimentos foram um tanto graves. –Enquanto ele falava eu voltava chorar- No dia 28 de março conseguimos a transferência de seus pais para este hospital, pois até então estavam no Hospital XX em Veneza, descobrimos que eles tinham família aqui em Londres a pouco tempo depois que vasculhamos  coisas meio queimadas, pois o Caminhão pegou fogo, encontramos vários números de telefones e endereços em uma caderneta e nos celulares deles que conseguimos encontrar.

Eu- Meu Deus! Policial aconteceu tudo isso? –eu chorava um pouco- Mas o senhor disse que eles sofreram o acidente dia 14 de março, mas hoje num é 17 de Maio? Então por que ainda estão desacordados? –ele respirou fundo e respondeu
Jorge- Sim S/N eles sofreram o acidente dia 14 de março, o problema é que desde o acidente eles estão em Coma. –nessa hora desabei em lagrimas, meu mundo caiu, o Harry rapidamente me abraçou. – Calma S/N vai dar tudo certo! –ele sorriu –Ah mais uma coisa o Hospital precisa da autorização do convênio para eles continuarem no Hospital, a mesma coisa para o Hospital de Veneza.
Eu- Ok policial. Eu posso autorizar?
Jorge- Então S/N só se você for maior de 18 anos.
Eu- Ah claro, eu tenho 16 anos mas meus pais já me emanciparam.
Jorge- Acho que você pode autorizar sim.
Eu- Ok, mas como vocês mantiveram meus pais nesses Hospitais sem a autorização do convênio?
Jorge- Ah S/N nós conseguimos uma autorização para mantermos eles nos Hospitais até encontrarmos você.
Eu- Ata entendi. –fomos até a recepção.

Chegando na recepção tinha uma moça com uniforme do Hospital logo deduzi que era a recepcionista.
Depois de uns 10 minutos eu assinei todos os papeis. Já eram umas 4hs da madrugada, eu estava ainda muito sem entender o que estava acontecendo, mas tínhamos que voltar para casa, me despedi de meus pais, e eu e o Harry voltamos para casa de viatura.
No caminho até em casa eu acabei dormindo no colo do Harry e só acordei quando já estava na minha cama.

Eu- Harry? Cade você? –eu chamei ele assim que acordei, pois ele não estava no meu quarto.

Demorou um pouco e escutei o barulho da porta abrindo.

Harry- Oi amor o que foi? –ele estava com cara de sono.
Eu- Pensei que tinha ido embora. Fiquei preocupada, amor dorme comigo? –minha cama era grande então cabia ele direitinho.
Harry- Nunca eu vou te deixa ok, claro eu durmo sim. –ele deitou na cama e ficamos abraçados.

A casa estava o maior silencio, eu ainda não acreditava que tudo isso estava acontecendo, como assim meus pais em coma, como eles estão em um hospital internados, eu não entendo, por que isso está acontecendo? Fiquei me perguntando isso e chorando baixinho enquanto o Harry alisava meus cabelos e segurava minha mão, até que peguei no sono.

Acabei acordando cedo, umas 7h30 da manhã, ainda bem que não tive pesadelo. Levantei da cama sem acordar o Harry, afinal ele devia estar cansado. Desci as escadas e fui em direção à cozinha. Eu ainda estou muito abalada, queria estar lá no Hospital com meus pais, mas não pude, ver eles naquela situação acabou comigo, tenho que tentar pensar em outras coisas mesmo sendo muito difícil.
Cheguei na cozinha e avistei na mesma hora uma faca...

Mais um capítulo. Amores por favor comentem, ai já posto o próximo!
Beijos da tia Bia >.<

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